De acordo com pesquisas recentes, a dor no ombro afeta cerca de 18% da população mundial, sendo essa uma das principais causas de consultas médicas e afastamento do trabalho.

Vale dizer que o ombro, por sua complexidade anatômica e amplitude de movimento, está suscetível a diversas lesões e condições que podem resultar em dor e desconforto.

Entender as causas e os impactos psicológicos dessa dor é fundamental para o tratamento eficaz e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

E neste artigo eu vou explicar um pouco mais o que pode ser a dor no ombro, quais suas principais causas e os impactos psicológicos que ela pode trazer. Boa leitura!

O que pode ser dor no ombro?

Essa dor pode ser descrita como um desconforto ou sensibilidade que ocorre em qualquer área ao redor do ombro, incluindo os músculos, ligamentos, tendões e articulações.

Ela pode variar de uma dor leve e incômoda a uma dor aguda e incapacitante, resultando de diversas condições, como inflamação, lesões, ou desgaste das estruturas que compõem a articulação do ombro.

Dentre as principais condições estão:

• Tendinite: inflamação dos tendões, geralmente causada por uso excessivo ou movimentos repetitivos;
• Bursite: inflamação das bursas que são pequenas bolsas cheias de líquido que amortecem as articulações;
• Lesões do manguito rotador: danos aos músculos e tendões que estabilizam o ombro;
• Osteoartrite: desgaste da cartilagem nas articulações, levando à dor e rigidez;
• Ombro congelado (capsulite adesiva): rigidez e dor devido à inflamação e restrição do movimento na articulação do ombro;
• Luxação: deslocamento da articulação do ombro, causando dor intensa e incapacidade de mover o braço;
• Fraturas: quebras ou fissuras nos ossos do ombro, geralmente causadas por traumas ou quedas.

Esse tipo de dor pode também estar associada a condições não relacionadas diretamente à articulação do ombro, como problemas cardíacos, que podem irradiar dor para essa região.

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Quais são as principais causas?

As principais causas podem ser classificadas em traumáticas e não traumáticas. Entre as causas traumáticas, destacam-se as lesões resultantes de quedas, acidentes ou impacto direto, que podem levar a fraturas, luxações ou contusões.

Esportes de contato e atividades físicas intensas também são frequentemente responsáveis por lesões agudas no ombro, como rupturas do manguito rotador ou lesões labrais.

Esses traumas podem causar dor intensa e imediata, frequentemente acompanhada de inchaço, hematomas e limitação do movimento. Por outro lado, as causas não traumáticas incluem condições degenerativas e inflamatórias que se desenvolvem ao longo do tempo.

Tendinite, bursite e osteoartrite são exemplos comuns dessas condições, frequentemente associadas ao uso repetitivo e desgaste das articulações.

A tendinite, por exemplo, é causada pela inflamação dos tendões devido a movimentos repetitivos ou sobrecarga, enquanto a bursite resulta da inflamação das bursas. 

Já a osteoartrite, por sua vez, é uma condição degenerativa que leva à deterioração da cartilagem articular, causando dor crônica e rigidez.

Quais os impactos psicológicos que a dor pode trazer?

A dor no ombro pode ter um impacto significativo na saúde mental e no bem-estar emocional dos indivíduos. A dor crônica, em particular, está associada a um aumento nos níveis de estresse, ansiedade e depressão.

A incapacidade de realizar atividades diárias e a limitação física imposta pela dor podem levar a sentimentos de frustração e desesperança.

Inclusive, estudos mostram que indivíduos com dor crônica têm uma probabilidade maior de desenvolver distúrbios do sono, o que pode agravar ainda mais os sintomas psicológicos e físicos, criando um ciclo vicioso de dor e sofrimento emocional.

Além disso, essa condição pode afetar negativamente a vida social e profissional dos indivíduos. Até porque a limitação nas atividades físicas pode reduzir a participação em eventos sociais e atividades recreativas, levando ao isolamento social.

No ambiente de trabalho, a dor pode resultar em diminuição da produtividade, aumento das faltas e até mesmo afastamento permanente, o que pode impactar a autoestima e a segurança financeira.

A combinação desses fatores pode resultar em uma qualidade de vida significativamente reduzida, destacando a importância de abordar tanto os aspectos físicos quanto psicológicos no tratamento da dor.

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Como tratar a dor no ombro?

O tratamento da dor no ombro depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Abordagens iniciais geralmente incluem tratamentos conservadores, como repouso, gelo e medicamentos anti-inflamatórios para reduzir a dor e a inflamação.

Para casos mais graves ou que não respondem aos tratamentos conservadores, outras intervenções podem ser necessárias. Injeções de corticosteroides podem ser usadas para reduzir a inflamação e a dor em condições como tendinite ou bursite.

Em situações de lesões severas, como rupturas significativas do manguito rotador ou luxações recorrentes, a cirurgia pode ser considerada.

Procedimentos cirúrgicos podem variar de artroscopia, que é minimamente invasiva, a reparações abertas mais extensas, dependendo da natureza da lesão.

Além disso, a reabilitação pós-cirúrgica é essencial para garantir uma recuperação completa e a restauração da função do ombro.

É importante destacar que o tratamento deve ser individualizado, levando em consideração a condição específica, a gravidade dos sintomas e o estilo de vida do paciente.

Considerações finais

Conforme podemos ver, essa é uma condição que pode resultar de diversas causas, desde lesões traumáticas até degenerativas. Seu impacto vai além do físico, afetando significativamente a saúde mental e a qualidade de vida dos indivíduos.

Abordagens terapêuticas variam desde tratamentos conservadores, como repouso e fisioterapia, até intervenções mais invasivas, como injeções e cirurgia, dependendo da gravidade e da causa subjacente da dor.

Com um tratamento adequado, é possível aliviar a dor, restaurar a função do ombro e melhorar a qualidade de vida dos afetados.

No entanto, é importante dizer que consultar profissionais de saúde qualificados e seguir um regime de tratamento adaptado às necessidades específicas de cada paciente são passos fundamentais para a recuperação e o bem-estar.

E eu, Dr. Lucas Fraga, me coloco à sua disposição para ajudar a entender o que está causando a dor no ombro, e assim buscar o melhor tratamento possível.